Manifesto do coletivo Pó de Poesia
O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.
Creia.
A poesia pode.
(Ivone Landim)
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
ensaio de um nada
e os teus cabelos macios
porque aquietas as ruas como um lobo que uiva
pela sombra que foge
espalha a calma ao redor,
como se fosses tu... bêbado em me esquecer
leva essa desordem daqui... que não quero mais
deixe a noite solta no curral
e minha alma d’água, tão líquida quanto à lágrima.
... lavar como chuva colada à tua boca, a vida.
Que é outra.
Poema de Vânia Lopez
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sábado, 23 de fevereiro de 2013
NO TEMPO EM QUE EU NÃO PODIA IR À WOODSTOCK, PROTESTAR CONTRA A GUERRA DO VIETNÃ, GRITAR UM VIVA À CHE GUEVARA, DIZER NÃO À DITADURA, SER LIVRE E BEBER MINHA CERVEJA ATÉ CAIR.
algumas palavras amassadas em uma folha de papel
nos olhos o abismo da simplicidade
... tua fala macia
o abandono dos cabelos,
algo como a água escorrendo pela face
uma muda de roupa que talha a carne
e o que quer que fosse um eu, despido.
enquanto o mundo... caía lá fora
vinhas continuamente como o mar
desvaneceu o concreto, rompeu o dia.
e, decidiu não voltar mais.
... sem saber o que levar
queimou tudo por dentro (de mim)
deixando digitais espalhadas na casa toda
(e nenhuma imagem das câmeras foi sequer recuperada)
ficou o que foi tocado,
com a força de um raio num céu calmo
... como flechas sem pontas
tentando atingir o silencio... tal um blues no ar
Poema de Vânia Lopez
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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
Copos vazios
Por detrás da luz, fomos noites intermináveis
Esquecemos palavras no barulho das tabernas de Lisboa
Bebemos rotinas em rituais silenciosos
Onde as horas eram um líquido amargo
[E foi tão fácil desistir]
No cinzento das calçadas, perdemos o sol
Cedemos ao feitiço no fumo negro das madrugadas
Que travessas estas, nos transformaram
Por detrás da luz em sombras do passado
Somos agora, copos vazios.
Poema de Nuno Marques
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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
Bélico
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
Pó de Poesia no sarau Identidade Cultural e Movimento Culturalista
A bela anfitriã da tarde a talentosíssima Janaína da Cunha
Marcio Rufino
Idi Campos (Colinha)
Janaína da Cunha e o Pó de Poesia entre poetas de todos o Rio de Janeiro
Ivone Landim
O legado dos poetas da geração da poesia marginal do início dos anos 1970 frutica cada vez mais. Um excelente exemplo disso é o irrepreensível sarau Identidade Cultural e Movimento Culturalista apresentado pela belíssima e brilhante poeta, atriz e agitadora cultural Janaína da Cunha todas as tardes do último sábado do mês no bistrô Café do bom, cachaça da boa na Rua da Carioca no centro do Rio de Janeiro. O coletivo Pó de Poesia teve a honra de se apresentar por lá junto de poetas e artistas de todo o estado no dia 26 de janeiro de 2013. O próximo evento será na tarde do dia 23 de fevereiro e começa a partir das 13:00 da tarde. Para os amantes da poesia vale a pena conferir.
sábado, 9 de fevereiro de 2013
pequena parte recatada da pele nua
.os que pedem benção antes de pecar
os que queimam como fogos de artifício pela noite
desorganizando as gavetas
rolando pelas ruas com olhos de chuva
como água que tem sempre muita pressa
com esse sorriso insuportável de felicidade no rosto
esgueirei por dentro
esfaqueai-me pela paz
pequena parte recatada da pele nua
julgue-me como uma obra de arte
flutuando na alma, tal cerejeira enraizada na terra.
como um pintor precisa da tinta
sê rápido e corra para mim, amigo.
assombroso e imprevisível
anjo maior
(só os loucos me interessam)
Poema de Vânia Lopez
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