Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



domingo, 15 de maio de 2011

A febre

Estava debaixo dos cobertores, uns três...
Ainda assim, batia o queixo...
A febre estava alta..39 e meio!

Tinha pesadelos...Sonhava lisinnnnhhhoo! Depois áspero!
Lisssssssnho, áspero!

Ficava entreacordado...ouvia um cantar:
" A treze de maio, na cova da Iria"

A procissão lá na rua denunciava:
Era mês de maio, friozinho chegando!

Meu pai me deu remédio!

A febre era alta...tinha medo
De hoje não passo!

Dormi sonhando, acordei ensopado...

A febre tinha passado!

Poema de Victorvapf

É a pior...



 ...

A pior distância que existe...
É você querer estar perto da pessoa que Ama… 
E não poder. 
“Ainda que ela esteja do outro lado da rua”. 

...


Camila Senna



roubaria seu penteado de herói

te entregaria os setembros
e a choradeira do alpendre

o espaço que sobra
na decoração da alma

calaria a água da tigela
molhando a palavra por dentro

os esmaltes e todos os sapatos
puídos no dedo mindinho

a vastidão do corpo
no cantinho do barraco

te trocaria por uma tequila
te negaria com os lábios
(deixaria o vexame em crise existencial)

nenhum 0800 saberiam o CEP
do cativeiro pro lado de dentro de mim
(nem o próprio diabo)

tu já não estarias
em nenhuma lembrança de retrovisor...

(e o inferno lamberia os dedos)

Poema de Vânia Lopez