Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



terça-feira, 5 de julho de 2011

Luiz Gonzaga - Xamego

Eu encaro...




Eu mudo!...
Giro em volta do meu mundo
Faço barulho
Sacudo a poeira.

Eu fico!...
Invento em mim, a "libido”...
Vago sozinha
Enfrento a tirania.

Eu gosto!...
De dar minhas gargalhadas
Dançar um som psicodélico
Sol e mar o ano inteiro.

Eu detesto!...
Pessoas frias e calculistas,
Dedos apontados e tortos
Mentira na rotina.

Eu vou!...
Ser sempre uma menina
Ser sempre calorosa
Ser sempre amorosa.

Não quero,
Ser muito impetuosa
Ser muito ingênua
Ser muito geniosa.

Quero ser dosada como uma bebida quente e forte!
E seguir...
Sempre ousada
Sempre Mãe, Sempre mulher!
...

((( Camila Senna )))



Tem “tudo” que é “nada”.


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Não quero "o tudo".
Talvez o tudo que acham tudo
Não é o tudo que busco.
Não é o tudo que vejo.

Se pegarem qualquer tudo,
Dando-me de mão beijada,
Fujo, pirraço, xingo...
Mas não me rendo.

Quero travessia...
Quero vasculhar o túnel
Da minha alma cheia...
Jogar fora o que não presta,
Plantar flores na minha floresta.

Rasgar o velho,
Pintar o novo,
Conquistar meu céu...
Ver estrelas cair
Se equilibrando no mar.

Não quero o tudo imaturo
Sem essência...
Tomado por um encantamento traiçoeiro,
Quero o desordeiro de alma genuína,
Sem muita rima na ponta da língua.
Com muita rima no coração,
Explodindo na boca um beijo de paixão.

Sou farta em bondade,
Meu corpo todo é extremidade,
Exalo naturalmente minha fertilidade...
Os sentimentos estragados que no meu coração,
Vagavam...
Quando alerta!... Bloqueio a entrada.
Faço pouco caso... E aos poucos, estão morrendo a míngua.



((( Camila Senna )))