Manifesto do coletivo Pó de Poesia
O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.
Creia.
A poesia pode.
(Ivone Landim)
domingo, 20 de dezembro de 2009
Bailarina
Do meio da platéia sorrateiramente
O Ébano roubou meu olhar
Seu perfume de madeira
Transpassou minh'alma
Tranformando-se em vento
Cai sobre seu corpo com
A intimidade infantil do amor
O corpo de dança encantava a multidão
A magia das pétalas de rosas
Acariciavam os jovens enamorados
E no êxtase da valsa da primavera
A chuva molhou minhas sapatilhas
A orquestra entoou a marcha fúnebre
As luzes do palco apagaram
Solitária entre as cores da sinfonia
A bailarina ficou...
Seu olhar procurou...
Mas a chuva... para sempre o levou.
(Gheysa Moura)
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
Silêncio
Resume-se em silêncio
Em silêncio penso em você
Em silêncio sinto sua falta
Em silêncio sinto o calor da sua presença
Em silêncio oro a Deus e peço graça
Para que em silêncio te ame
Ou para que em silêncio
Te esqueça.
(Silviah Carvalho)
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
Um canto torto que é a vida
Pelo mundo para cortar minha carne
Seu canto é a vida
E a vida cortou minha carne
Me deixou desesperado
Pelas veredas incertas das pessoas
Ando pelas ruas
Que se parecem um sertão
Sentindo sede de felicidade
E morrendo cada minuto
Que vivo em vão
Ele soltou seu canto torto feito faca
E meu sangue derramou
E através dos anos me desespero
Sem nenhuma saída
Apenas alucinações me cercam
Me escondo dentro de mim
Mas o espelho reflete minha aflição
Tenho medo
Se a vida me cortar outra vez
Ficarei esquecido.
(Arnoldo Pimentel)
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.