Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



quinta-feira, 14 de março de 2013

pequena flor na janela

pintei o céu quando encontra o mar, e muda de cor lentamente até morrer. enquanto a vida cresce em volta dominando as folhas do calendário, o coração batendo pra onde nasce a chuva, em seus olhos rasos d’água. as ruas começam a estreitar no vagar macio do vai e vem dos seus cabelos. chora o silencio em partes iguais, tal brisa e pipas no fio, que o vento leva pra qualquer lugar... a paz dos moinhos, o quê os braços vão querer e os olhos irão apagar. como um pincel livre por todo céu, e acorrentado à revoada de uma ave. porque uma asa me morre.



Poema de Vânia Lopez


Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=243558#ixzz2NZ3D0obY
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives

Boa noite

?

Quando o manto de horas negras cobre a luz de todos os lugares
Não restam sonhos inocentes, nem sentimentos sinceros
Dentro de corpos embriagados, vestidos de vício

Sem sentir, vagueiam sem sentido

Rasgando noites imperfeitas cobertas com véus transparentes
Onde atrás de cada porta o mistério toma a forma de sorrisos
As curvas assumem-se suaves, como idílicos paraísos
Na terra das sensações pronta a conquistar

É o princípio da viagem ao fundo do ser

Quantos corpos largados, dias, semanas, meses por amar?
Tantos brilhos transformados na solidão sob o luar
Tantos corpos enganados por promessas ao por do sol
Vencidos, sem encanto, pela indiferença do destino.

Quando este manto de horas negras revelar o infinito céu estrelado
Cobrindo a vontade de metade do mundo
Mostrará a sua nocturna imensidão, onde cada ponto brilhante é vida
É sonho, por mais ínfimo que seja é luz.

Sim, pode ser diferente.


Poema de Nuno Marques


Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=243521#ixzz2NW6XXmYv
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives