Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A jangada

Não sabia que a jangada era assim
Tosca, rude, feita quase de troncos
Parece pesada, levada ao mar nos roletes
Entra na água, vai deslizando...

Tão leve que fica, que um ventinho
Um leve ventinho leva...
Lá vai a jangada que eu pensei fosse pesada
O jangadeiro equilibra parecendo dançar

Vento, jangada, jangadeiro e o mar

Dá vontade de pintar...

Poema de Victorvapf

Mar marrom...


Ando navegando na minha pupila...
Em volta só vejo mar...
Mar marrom.

Vejo tantos afogados...
Vejo os que foram salvos
Me vejo!

Me vejo com frio, com saudade...
Mais forte!
Na ilha da minha pupila.


 ((( Camila Senna )))

Eu tenho uma arma...



Eu tenho uma arma...
Toda vez que fico brava,
Disparo minha metralhadora de palavras...
Elas saem cortantes,
Elas saem sem rima,
Saem disparadas para todos os cantos:
Canto obscuro,
Canto claro,
Canto santo,
Canto barro.
Deixo-as seguirem sozinhas...
Para onde se deve seguir.
Elas sabem o caminho...
Logo depois elas voltam para mim!...
Libertas.

((( Camila Senna )))

Exercício N. 1

Lê meu riso
Pondera, pondera
Pondera essa fala tanta
Não adianta
Som de pressas

No meu silêncio
Espera
O verbo vir
Na primavera
Espera, espera

Deixa a palavra leve
Quieta, quieta
Quieta os gomos
Da tua língua
Cheia de dúvida e terra

Belém/PA, 05/10/2011

Marcel Franco