Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Dia do Poeta


Sarau Donana do mês de setembro

                                                                   O cenário do sarau

                        A grande poeta e líder do movimento Pó de Poesia Ivone Landim se diverte no sarau

                           Os artistas Naldo Calazans, André Luiz Gonçalves e Ivone: altos papos

                                          A platéia curte os artistas que se apresentam no sarau

                                              Vicente Freire, Dida Nascimento e André Luiz

                                                                       Naldo e Dida

                                                             O poeta Cezar Ray

                                                                 Os artistas se divertem

                                                Dida solta a voz com André Luiz na percussão

        André Luiz, Camila Senna, Ivone, nosso convidado especial Euclides Amaral e Cassia Cabral



O Sarau Donana realizado na noite de sábado do dia 29 de setembro foi um sucesso. Amigos do lendário grupo Desmaio Públiko - coletivo de poesia que agitou a cena cultural da Baixada Fluminense nos idos da década de 1990 - confraternizaram com a trupe do Pó de Poesia numa festa contagiante que teve as participações especialíssimas do escritor e músico Euclides Amaral e da Banda Seu Mathias e Panela Zen.

vão chamando coisas

por uma série de pequenos textos

já me chamaram pretensioso, poeta, gentil, nervoso, bêbedo, vaidoso, egotista, frustrado, escritor, senhor, puto, imitador, actor, reles, rude, naif, feio, débil, inveterado, nulo, triste, sorumbático, sujo, negligente, pedante, egoísta, parvo, pateta, invisível, maquiavélico ou manipulador, lisboeta, filho da puta, nada, deus, anjo, pelintra, do povo, padre, pregador, miúdo, velho, monge, corajoso, elitista, luso, de esquerda, de direita, fascista, agitador, sublime, dono, maravilhoso, bondoso, mau, diabo, vizinho, solto, fadista, ensimesmado, fanático, tarado, humilde, simples, puro, burro, ingénuo, escrevinhador, falso, coisa, grato, sui generis, censurável, podre, sem jeito, ruinoso, dúbio, estúpido, vagabundo, grande, melancólico, génio, subtil, tudo, cristo, prima-dona, maricas, degenerado, nulo, merda, simplório, areia, caca, gato, mulher, periquito, homem, mar, terra, estrada, sol, sexo, pénis, ambíguo, inútil, suicida, negro, árabe, cobarde, caldo Knorr, ídolo, jovem, e muito muito mais

tudo em cerca de 4 anos

que seria se fizesse poemas – que me chamariam mais

apresentei-me como sou – tratam-me como personagem, que seria se me apresentasse como personagem? acreditariam em tudo como real e literal? se o contrário é que vale então adoptemos o absurdo - o famoso teatro do absurdo de Beckett que acaba por ser a mais realista e exacta descrição da realidade

não se esqueçam - ao porem (pormos) a pele de poeta-lobo nos vossos lombos de ovelhinhas – sujeitam-se ás consequências inevitáveis da vida real – não a virtual – um dia cai a pele mal colada às costas e surge o pelo brilhante e branco dum animal que ensinamos às crianças que faz mée-mée e uma ovelha nunca será um lobo com pele ou sem pele mais não pode fazer do que em contacto com a sua frustrada inevitabilidade de balir de desgosto

portanto, sempre apareci aqui sem máscara e escusam de puxar pela pele da minha cara que isso dói e não sai – por baixo é só sangue nervos e esqueleto

e se isso não basta – nada mais tenha a dizer

mas fico feliz por ao tentar escrever poesia – vivi tudo isto

e por isso – obrigado

out. 12



Autor: Carlos Teixeira Luís

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