Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



terça-feira, 13 de julho de 2010

Casa dos poetas...




 Essa casa mora no meio do deserto
 Deserto dos devaneios
Casa das palavras sem trava
Elas pulam, saltam, correm
Elas precisam sair, dar forma
Dar nomes e entender sentimentos

O lugar é árido, e o habitante sedento
Mas as palavras são mananciais
Que jorram em seus pensamentos
E percorrem suas artérias

Não é preciso paisagem para inspiração
Só é preciso ter o dom
Dom do encantamento
Encantamento que é transferido para as palavras
Que transforma um rio seco e infecundo
Em um rio transbordante e vívido.

Esse rio desagua no mar
Mar do coração de quem planta a poesia
Fazendo profundas raízes no coração de quem a lê

Há quem olhe ao redor dessa casa e diga:
que lugar feio, seco, sem graça
Olharam só o exterior
Na verdade por dentro
É um lugar cheio de riquezas
Cheio de cores, cheio de idéias e vida.

Com tanta proeza
Que só os especiais conseguem enxergar
Pois é preciso mais que é um simples olhar
É preciso olhar com olhos da alma

É preciso mais que sentir
É ter sensibilidade para distinguir
Aí então, você verá reluzir a tal casa
E o vendaval de folhas escritas à mão
Que como redemoinhos
Saem pelas janelas em forma de furacão.


 Camila Senna
(Homenagem à todos os poetas)