Manifesto do coletivo Pó de Poesia
O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.
Creia.
A poesia pode.
(Ivone Landim)
segunda-feira, 30 de abril de 2012
do dia
I
das lágrimas, se dizem purificadoras
por serem salgadas,
serão os sete mares
todos os choros da terra?
Sei que,
onde se esconde a noite tapam-se alguns pirilampos
prisioneiros da luz,
sei que,
a noite esconde os olhares das sombras,
algumas escondem-se
delas próprias para sempre, jamais saberei se os lirios trocam entre si as poesias,
onde tantas as vezes os referi.
II
do dia onde encontro a tua nudez,
vingam-se as noites em chuva,
apagando as velas que restam
e na sedição que sempre revelou,
esconde aqueles cometas que um dia viamos
por entre as nuvens transparentes.
Ficam-me os sabores dos seculos que se eternizam
pelo mar onde me navego
e ao longe avisto a ilha deserta que sempre procurei,
uma noite,
miragem, direi,
no centro da tempestade, sou.
Poema de Ricardo Pocinho (Transversal)