Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

,escuto-me


(I)

quero saber-me assim quieto, em sossego,
neste meu inóspito e distante desaconchego,
seja da canção cendrada,
seja-me da noite iluminada,
que seja deste meu sonho em desassossego.



(II)

da saudade.

surdo, mudo, e nada muda,
nem o desassossego, 
nem os passos tidos por perdidos,
distâncias.

,escuto-me.

,morrem-me as saudades de tão gastas,
de tão repetidas,

esfarelam-se,
e quando regressam impiedosas,
agito-me, revolto-me, rendo-me, 
,como se a lua só tivesse uma face, 
,como se a lua só tivesse uma fase,
e só escuridão pernoitasse no meio.

(III)

,o meu mar jamais será umbroso,
reflete o azul do céu, 

reflete-me,

e repito-me no desassossego que quero em sossegos,

“- deixa-me vogar pelas vontades das ventanias”.

[, o sal seca-me, engelha-me, arrasta-me].


Poema de Francisco Duarte

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