Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

SÃO LOURENÇO



SÃO LOURENÇO

Seria apenas um último olhar
Talvez com um pouco de tristeza
De incerteza
Mas um último e profundo olhar
E tudo então ficaria ali

Depois seria só olhar pra frente e caminhar
Acreditar que depois do deserto há um Oasis a esperar
Na bagagem apenas um jeans desbotado
Um sonho para ser alcançado
Um projeto de vida inacabado

Mas as lembranças ainda estarão nos olhos
No rosto marcado pelo sabor amargo
De nunca ter tido ninguém ao seu lado

As noites serão ao relento
Sonhará com a voz meiga e doce
Que toca seus ouvidos e seu coração
Nas noites de São Lourenço
E vinha pelo vento do pensamento
Eternizava cada momento

Era a estrela no deserto a lhe tocar
Pedindo todo amor que tinha para dar
Era o Oasis que precisava encontrar

Seria apenas um último olhar
Um deserto para atravessar
Um Oasis a lhe esperar
Um sonho para acreditar
Sem ter medo de outra vez
No meio do vento
Naufragar





A noite de São Lourenço é quando se vê o maior número de estrelas na Itália, conhecida como a noite mais romântica de todas e muitas pessoas vão a Toscana para ver a chuva de estrelas cadentes e fazer um pedido, realizar o sonho de felicidade.

Tempo

O tempo tece a sua trama
Devagar, promissora
E imperceptível
Somos trabalhados pelo tempo
Não sei até onde vou
Ou até onde posso ir
Penso e falo puerilidades
...
As verdades são perigosas
Criam muros altos
Felizes os que possuem
Verdades
Estão protegidos por muralhas.

Jorge Medeiros