Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Ciclos




Beije-me, mas sem milagres.
Fale-me, mas sem imagens.
São poucas coisas que nos concernem e por isso são indeléveis.
Sussurre em nossa gula, criemos uma melodia partida.
É da sua fadiga que me ama aos toques e com sua guarida o êxtase último.
Ponha-me dentro de sua voz, repita o querer dos nós.
Da infidelidade dialética sairemos salvos em nossas contradições.
Subverta-me sem parcimônia acalme meus pesadelos com seus laços.
Deixemos a perfeição caótica para aqueles que nos despem sem tocar.
Ontem desacreditei, hoje subjugo cada gota do meu suor em sua fronte.
Beije-me rosa e não aceite a morte de suas pétalas.
Beije-me que amanhã saberei dizer o que fiz da vida além retórica.
Abre-me rosa a sua vírgula que vencido, saberei o que é eterno.
  Rodrigo Passos