Manifesto do coletivo Pó de Poesia
O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.
Creia.
A poesia pode.
(Ivone Landim)
sábado, 21 de julho de 2012
"perante.."
quimera-pulsante de tentativas ilícitas
qual ilíada representada mil vezes, nunca vista
algo em demanda por insolução e atraso
e
qual..
este término de cena im.presente
(lago-raso..)
qual retrato cadente, premente e desigual
à curva da manhã por abstenção do sol
à pena da letra que te define
que te releva e
entrega-te o nome.
qual percepção anunciada
horas e horas e..
..nada.
(nada..)
abre-te, volúpia! é deste lado em fé e consequência!!
cobre-me aos relapsos actos quais nao te falharei mais
corta-te aos exemplos por indecisão em linhas finais
pois é tarde.. tão tarde, quanto à tuas outras evidências
minha (tola)asa nivelada nao te segue, nem à parte de chão
a minha contenda de adstringir-te em metade, não mais te é
qual corpo conforme, qual hábito das somas, ou: o que houver
não é a minha morada e nao é a minha lima que te diz não..
é o meu erro! em tempo de chegada, em preço quase fixo
ilusão intitulada.. lâmina de conselhos desviados, palco-livro
cai à metade.. cai à tua mesma proporção e eu ainda vejo..
pois te é a noite dos meus olhos avessados, ah, eu.. insisto
um passo de cada vez.. um pouco da vénia acima da que te sirvo
não é um ponto qualquer, à minha exceção, prece ou emprego..
é a tua porta que nao quero entrar, mas..
também nao posso sair..
(não.consigo.)
Poema de Azke
Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=227066#ixzz21I7CBeK3
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives
[...por vezes não sinto o que sinto
por vezes não sinto o que sinto,
tento esquecer-me.
Esperguiço-me num mar chão, ondula-se o corpo
que voga pela mansa maré,
como se para sentir tivesse de saber, ser,
ser-me-ei apenas, tão longe tantas as vezes de mim,
ser-te-às assim, tão perto tantas as vezes foste de mim.
Quando o nosso sangue estremecia,
e o grito trespassava as paredes amarelecidas pelo sol de verão,
um corpo único metamorfoseado
renascia da promessa, da saudade,
das despedidas que sangravam pelo outono,
[… verão mar, outono terra …]
Que eu me esqueça da poesia que nos cobria,
que eu me esqueça de sentir o que sentia então,
que seja profecia também,
mas,
que no final da rota inversa que seguimos,
as mãos se voltem a tocar, sem tempo,
[… mar terra …].
Poema de Ricardo Pocinho (Transversal)
Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=227073#ixzz21GqK613Y
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives