Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



sexta-feira, 17 de junho de 2011

Progressão

"turno - 1"





da mensagem que deixei pra trás..

da asa sem rumo por onde, à quimera destas letras,
tão tardias,
ora, em punho por destreza e.de se rebelar..
ah,
em palco
declina.
ante à qualquer noção de vento por um pacto solto (e)de ar
quando..
à quimera desta centelha, qual não pude carregar..e.aos.. meus ombros listrados de sangue por batalhar cego
ora,
submerso, defronte ao poço, qual um dia, eu pretendi..

- deve-me à lápide!

à parte que te cabe e por centeio em deste campo, o meu.

- deve-me à in.vontade..
(passagem)

ou custeio,
em demasia de consulta por arbítrio em livro-alvo de mim..

eu,
acto por inicio dos meus dias
dos meus
passos por
tamanha incompreensão

ah,
quando muito,
por descer-me à terra em busca de um vestígio teu,

quando nada,

de culpar às minhas paragens,
o destino-pouco destes espaços

hoje, tão vagos

e
por não os querer mais,
vai..

teu romeu é aquele que te sabe..
não este,

que se/te perdeu.

Poema de Azke.

Eva

perseguia o rastro
de bar em bar
de espelho em espelho
emendava um cigarro no outro
uma hora na outra
tirava o fôlego da foto
de tanto olhar

beijava o ar, a rua
desfiava o arrastão da meia pelas ruas
toda Eva sofria
rasgava o tango
a noite girava debaixo dos pés

o salto chora o quebrado
sem ninguém
dói indiferente
recosta a sombra
com um brinco só
na brita quente
a vida vira asfalto
por dentro vasculha como faca
o rastro não perde o perfume
não adormece
fico em vigília

Poesia de Vânia Lopez