Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



sábado, 1 de novembro de 2014

Ácido-Drama



Do melodrama que escreveram para mim
Nenhum dos papéis concebidos me couberam.
Eu, artista inconstante, voluntarioso e disperso
Não quis ser o vilão que persegue gratuitamente;
Tampouco o herói que se auto afirma inutilmente;
Muito menos o mocinho choroso e impotente;
Nem o clown  sem graça, previsível e inconsequente.
Antes preferi ser algo único e inédito
Seguindo a improvisação
Do meu pensamento e do meu coração.
Isso me fez derrubar cenários;
Incendiar cidades imaginárias;
Destruir castelos de nuvens;
Ferir até pessoas amadas.
E mesmo pagando com o alto preço da solidão
Tive o gozo de ver num átimo
O meu drama de meloso ficar ácido.
E na trama rocambolesca deste folhetim efêmero
Criar na desconcertante literatura da vida
Um novo Gênero. 

Marcio Rufino