Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



quarta-feira, 19 de setembro de 2012

[...e deixa a poeira destas encruzilhadas invadir]


e deixa a poeira destas encruzilhadas invadir
este tédio que me repete,
que me cobre como o tafetá,
santifica-me a emoção em escarlate, nudez essa
de teu peito coberto por nuvens em cirros,

mas...

ensina-me a colher o mel pelo ocaso
onde miçangas reluzem, estrelas cadentes também,
quando o mar se espraia para além das violetas adormecidas,
[clareia-me a noite].

Na verdade dir-te-ei,

pudesse ser eu o verso que treme pelo anoitecer,
pudessem ser as mores distâncias apenas o simples respirar,
pudesse eu afundar olhares de adamastores sempre irados,
pudesse sossegar-me como o aloé que nasce da estrada,
enquanto habitas estas divisões quais páramos em mim.

[E repetir-me-ei: ensina-me a colher o mel pelo ocaso...
que fazer, perguntar-te-ei].


Poema de Ricardo Pocinho (Transversal)

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