Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



quarta-feira, 5 de setembro de 2012

[...se a terra pariu flores]


se a terra pariu flores e searas que o vento
enlaça,
símiles a mares enterrando sonhos e destinos
que as maresias transportam para tão longe,
mores os sigilos escondidos,
em ti,
em mim.

Dos perenes múrmurios que restaram, hoje
que sejam gritos.

Oiço ecos, um dia relegados como procelas
invadindo desejos redentores, anseios extasiados,

oiço estrelas pelo indesmedido sonhar,
apenas sonhos onde a mímica dos lábios
expressava o que se queria ouvir, entender,

tantas horas mirando, o nascer, o pôr, o sol,
enfim, solilóquios não desvendados,
vã surdez.

Ser-me-ás sempre réstia de luz pelas noites,
quão breve esta vida me seja.

[… se a terra pariu flores e searas que o vento
enlaça,
que seja permitido perpetuar-me no aconchego do teu ventre,
enquanto este salso mar me assola]


Poema de Ricardo Pocinho (Transversal)

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