Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



sábado, 17 de julho de 2010

ILHA DA VIRGEM MAGRA



ILHA DA VIRGEM MAGRA

Na noite do meu desespero
Amarrado ao tronco
Sinto as dores e as marcas da chibata
Enquanto as névoas levam meu barco

O barco da minha liberdade
Que entre névoas ganha o mar
Lágrimas cativas escorrem pelo meu rosto
Enquanto as névoas acabam por me afogar

Névoas que são chicotes
Sede sem holofotes
Corpo a sangrar
Liberdade perdida que ganha outro mar

São apenas névoas
Que invadem o coração
Névoas
Que o vento não leva

Névoas que embaçam
Meu canto
Escondem minhas dores
Naufragam meus amores

Névoas que habitam meu lago
Que abrem feridas
Que passeiam pelo meu corpo
Quebrando todos os meus cristais

São apenas névoas
Que camuflam meu horizonte
Que levam pra longe meu bem querer
Delírio do meu viver

São apenas névoas
Que o vento não leva