Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



domingo, 26 de maio de 2013

"hades,"

(vai. e..)




despe! a condição por outra hora em cortes-motivo
ao linho das vestes que te cobrem o todo gosto
breve! minha íliada repartida em suaves laços teus..

horizonte destas peças insanas e um livre arbítrio..
..de nivelá-la pois, de início e ao pouco ato do corpo
era tão breve.. este passo, este alvo: e desprendeu


deu-te cordas em soltas formas e agora, balança
pelo ar, pelos tais meios que te contam, (e)à chama
ora, me dorme o teu lado possível, teu esboço, até..
a minha mão me espreme, os meus olhos vão em pé

e. pé ante pé, eu teimo! à cada causa voraz que(a) cair
e. pé ante pé, eu queimo.. o meu inferno e o teu nome lá
por referir-me em exato proposto réu deste reino a ruir
por descer-te à metade do que bem espero onde não te há


Soneto de Azke

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quarta-feira, 22 de maio de 2013

Aos homens


Amar uma mulher
É deixar de ser Narciso,
É aprender a amar
Aquilo
Que não se parece comigo.

Amar uma mulher
É negar a própria mãe
E, entre dois seios,
Armar e amar
Um novo ninho.

Amar uma mulher
É querer ser de novo
Menino,
Renovo,

É o mais belo gesto
De altruísmo,
É querer ir além
De todo o egoísmo

E encontrar
O que, em nós,
É feminino,

O múltiplo no uno,
O que outrora
Nos foi dividido.

Amar uma mulher
É sobretudo
Morrer
Nas orlas dum umbigo
E renascer,
Ouvindo-a cantar
Uma canção, um hino.

Felipe Mendonça -
Todos os direitos reservados

sábado, 18 de maio de 2013

no salto, no batom e no Gros...

três drinques atrasado
o celular toca.
era aquela voz...
mais importante que tudo
(até) que comprar um vestido novo.
bah, para o começo do apocalipse!
Bahhhh!
só vou atender mais hoje...
(eu juro!)
afinal,
nem fui eu quem matou esse tal de silencio.
e amanhã,
tenho uma péssima memória
... e o celular idem.
depois,
compro uma passagem, e sumo.
(nunca tão perto... que possa atender de chinelos)
o mundo nem vai precisar da ONU.
Deus há de entender!
não atender, hoje em dia, é crime!
... ainda não dá cadeia.
(dá pra acreditar?)
mas... se passar pela mãe
é mortal.
(três tiros)
direitos de uma voz?
(nenhum)
e acaso alguém já imaginou
um humano depois de três drinques...
declarando guerra a um celular?
(aí só cortando relações)
pelo amor de Los Angeles
faço um orçamento de penitência
sozinha no banheiro, com a luz apagada.
retribuo em orações.
no salto, no batom e no Gros.
um lençol, um cobertor, uma Bíblia.
pelo meu ego e o de minha mãe...
vou viver acima de dez centímetros 
do abismo de um celular...
mesmo que essa voz... saia aos gritos.
to pronta.


Poema de Vânia Lopez

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quinta-feira, 16 de maio de 2013

sábado, 11 de maio de 2013

Até que surjas com a alva, querida...

Antes...

busco-te, incessantemente, querida
porque não vens, cobrir-me, agora
com teus beijos, carícias, delícias,
aliviando o amor que aflora

ah...! Verei-te, verei-te, ataviada...
coroada com flores e honrarias,
subir, com majestade, as escadas,
sob vozes: "Deixai subir a rainha!"

haverá na terra, melodia suave
e, no céu, revoada de andorinhas,
E com essa alegria que já não me cabe
Beijar-te-ei e direi-te: "És minha..."


Durante...

Acordai, gorda preguiçosa, vadia
que ronca como uma porca medonha
vai lavar aquela louça na pia
ao meio dia ainda babas na fronha

escovai, urgentemente, os dentes
teu hálito causa-me ânsia de vômito
ah, e tens asseado-te recentemente?
ou lembras a data do último banho?

como enfada-me tua presença
tento descobrir o que vi em ti
saio, se vens, sem licença
quando apareces penso em sumir


Depois...

Sr Juiz, quero nesta partilha
a posse de todos meus bens
pagarei, de bom grado, à três filhas,
a pensão que lhes convém

soltas as amarras, estarei livre
para envelhecer com dignidade
e a alegria que à muito não tive
me espera nas praças de toda a cidade

Ah... só, enfim só! que alegria...
Daria poesia se eu fosse poeta...
Mas, pergunto, agora, nesta cozinha,
quem lavará as minhas cuecas?


Bem depois...

Até que ela era legal, penso assim,
não sei se é saudade ou nova paixão,
mas, será, que, hoje, aquela infeliz,
está feliz com o Ricardão?

...


ByCláudioCHS


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sexta-feira, 10 de maio de 2013

Sonho


Sonho
Que fujo
De monstros
Medonhos,
De tigres que me devoram
O próprio sonho.

Sonho
Que me cortam
O que tenho
De mais doce,
O fruto,
O sonho,
O pomo,
O que me faz sentir
Ereto, eterno
E todo.

Sonho
Que já não há
Mais festas e momos
E que em nossos
Lábios sôfregos
Resta só o choro,

Uma lápide
Sobre os beijos
Que damos
Sem nenhum recato
No meio da rua
Do nosso anonimato.

Sonho
Que meu sonho
Seca nas rugas
De um velho tardonho,
Enregela-se nas verrugas
De um casal tristonho.

Sonho.
E não há sonho pior
Do que sonhar
Que o próprio sonho
Naufraga em alto-mar,

E acordar sem saber
Se estive a sonhar
Ou se meu sonho
Foi só um sonho
A cismar ao luar.

Felipe Mendonça -
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domingo, 5 de maio de 2013

Qual de mim sou eu...?

Aqui, o poeta
não é simplesmente
um gênio do conhecimento
dos sentimentos humanos;
na verdade,
não há gênio
(e nem conhecimento),
o que se passa
é que não passo
a palavra
a personagens,
nem empresto a voz
a ilustres heterônimos:
dividem-se, em mim,
dois pólos,
que não se comunicam,
não dividem o espaço;
cada um,
a seu tempo,
preenche-o completamente,
assenhoreiam-se,
dominam-no,
como se não tivera
outro dono.
São pólos inconciliáveis,
incomunicáveis,
incompatíveis de gênio.
Senhores de si
e as vezes de mim,
confundem-me,
são cheios de razões.
Não sei o que sou,
são parasitas...
alimentam-se
da minha consciência
e só percebo
que não são eu
quando se vão,
mas... alternam-se
tão rapidamente
que nem tenho tempo
de ser eu mesmo...
Eu? Desculpem-me:
quem sou eu...?
Não sei...
Só sei que não sou eles
(mas também não sou eu...)
pois no curto espaço
de tempo
em que se ausentam,
sou apenas
o vácuo,
vazio absoluto...
Deus, olha pra mim...
e cura-me!
antes que julguem-me,
e condenem-me...
porque
ninguém
irá
exorcizar
o que não são
possessões,
mas dualidades:
euforia e medo...


Poema de byClaudioCHS


http://progcomdoisneuronios.blogspot.com.br

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