Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Notícias por e-mail

Queres saber de mim, esta mulher fugaz,
insana insensatez a gargalhar em vão,
reclamo de prazer, que em eco liquefaz,
eufórbio envenenado, às lavas de vulcão?

Queres saber de mim, esta mulher loquaz,
angústia a se perder ao vento e à erosão,
suspiro e anseio vil, que em choro se perfaz,
vestido a esfrangalhar, sem cor no coração?

Se queres, vais saber. Sou dor e sou tormento!
Trafego em luto meu, sou poço artesiano,
revelo na saudade, um chafariz barrento!

Se queres, vais saber. Não tenho outro Universo!
Envio neste e-mail, anexo profano,
o tudo que possuo, um quase nada: eu-verso!

Soneto de Sílvia Mota