Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



terça-feira, 9 de outubro de 2012

[...e tantas são as auroras por onde se espraia o sol


e tantas são as auroras por onde se espraia o sol,
quão perto o sorriso teu acorda orquídeas adormecidas.

Mira aqueles pássaros que migram noutros céus,
em viagens sem regressos,
olvidam-se as dores que escurecem tardes.
Fala-me do amar, fala-me desta morfina que resiste,
que esconde sílabas, silêncios, distâncias,
afasta-a de mim.

[… e quando o mar me envolve, resto-me como náufrago,
qual perene é o murmúrio, mor o sussurro relembrado …]

E no ocaso que se aproxima neste páramo meu,
por onde me morro, 
recolhe-me,

apenas.


Poema de Ricardo Pocinho

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TECITURA DE PALAVRAS




As palavras se perderam no vácuo
como se perdem os afetos mal cuidados
como se perdem os amores mal vividos
como se perdem os sonhos abandonados

As palavras se perderam no vácuo
e em seu lugar um vazio tamanho
sentimentos que não encontram expressão
onde o silêncio toma formas assustadoras

Onde estarão as palavras?
Palavras que não se mostram
omissas em sentires obscuros
perdidas em ternuras escondidas

Palavras difusas
Palavras cortantes
Palavras amáveis
Palavras indóceis

Palavras sentidas
Palavras confusas
Palavras vibrantes
Palavras profusas

Aguardo, nas entrelinhas adormecida
a palavra que de súbito me tome
e de mim se aposse com vontade
presa fácil em sua teia de veludo


Ianê Mello

(06.10.12)


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