Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



sexta-feira, 25 de junho de 2010

Voltou a ser o que era...



O céu amanheceu nebuloso com cara de amargura...
Queria invadir: as ruas, as casas, as almas e os corações.
Mas a rua, de ousada que é, ficou em colibri.
A casa, de família que é, ficou em vigília.
A alma, de sensível que é, vestiu-se com armaduras.
O coração, de emoção que é, transformou-se em um leão de coragem.
O céu queria mesmo é ser o centro das atenções...
De forma que todos que estivessem felizes, se contagiassem com sua tristeza.
Então a rua lhe disse: volte a ser o céu azul que me iluminava.
A casa aconselhou: a vida, nem sempre vai ser florida, mas você pode ser azul, ainda que tristeza.
A alma explicou: tem dias que é assim, ficamos vulneráveis, mas é preciso força, para não nos deixar abater.
O coração incessantemente pediu: volte a ser anil.
Busque dentro de você sua galhardia...
Você tem essência divina, não permita que as trevas invadam seu infinito.
O céu, emocionado, rendeu-se...
Permitindo-se novamente ao calor do amor.
E todo o seu firmamento voltou a ser esplêndido.



(((Camila Senna)))