Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



sábado, 13 de março de 2010

A Hora Livre


Talvez eu encontre uma hora livre
Para ser o que eu quero e fugir do mundo
Para me refugiar de tudo que me corrige
Até mesmo de um falso ensejo profundo.

Talvez eu encontre uma hora livre
Para me livrar da culpa de algum pecado
Que minha consciência quer e exige
Até de um delito que eu não tenha sonhado.

Talvez eu vire um semideus sensual
Que remova céus e montanhas
Em busca de uma alternativa natural
De lidar com minhas forças estranhas.

Talvez eu encontre uma hora livre
Num dado momento. Num dado instante
Num dado dia que a vida permite
Seja essa hora minha melhor amante.

Talvez eu vire o herói de uma história
Que, na verdade, ninguém quer contar.
Ou que seja publicado num livro de memórias
Livro este que ninguém quer comprar.

Ninguém quer conviver
Com seus horrores, anseios e lamentaçãos.
Ninguém quer reconhecer
Seus crimes, delírios e omissões.

Com certeza eu fugirei do futuro
Ou de qualquer outra coisa que eu tenha passado
Nas ramagens dessa opressiva bonança carmim.

Rubra da cor da minha centelha
Que gera todo tipo de incerteza
E eu beijarei todas as costas que estiverem voltadas para mim

Marcio Rufino
Todos os direitos reservados
http://emaranhadorufiniano.blogspot.com


Creative Commons License
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.

4 comentários:

Úrsula Avner disse...

Oi Márcio,
vim conhecer o blog a convite do Arnoldo e me deparei com este melodioso poema, com rimas cadenciadas e de um lirismo delicado que encanta. Prazer em estar aqui. Bonito espaço poético onde certamente o pó da poesia há de espalhar e gerar poemas com brilho e sensibilidade. Um abraço,

Úrsula Avner

Maria Rodrigues disse...

Amigo Marcio, a vida é realmente como este bonito poema retrata, um grande talvez, nunca sabemos o que vai acontecer (e ainda bem). O presente é o que temos certo, o amanhã logo se verá.
Passei pelo seu blog e adorei.
Bom fim de semana.
Um abraço
Maria

Maria Rodrigues disse...

Amigo, sendo hoje dia 14 de Março, o Dia Nacional da Poesia aí no Brasil, não podia deixar de passar por aqui, para lhe desejar um dia cheio de alegria, paz e felicidade.
Obrigado pelas lindas poesias cheios de sentimento que nos oferece
Bjs
Maria

Arnoldo Pimentel disse...

Talvez todos nós tenhamos um dia, uma hora livre para brincar de ser feliz e brincar de poesia, brincar de viver, brincar de amar, brincar de ter paz e brincar de tentar e quem sabe conseguir nos aproximar verdadeiramente de Deus.Parabéns Márcio, tudo de bom pra você, peço sempre a Deus que o faça feliz sempre, pois você é uma pessoa que merece tudo de bom na vida.Seu amigo Arnoldo