Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



quarta-feira, 21 de abril de 2010

Soneto do homem só

















Certo homem sai à luta todo o dia.
Num bar, engole rápido um pingado
E mais um sonrisal contra a azia
Co’a conta pendurada, no fiado.

Vai correndo, apressado pela via,
Co’o fraco coração atravessado
Por dúvida inquietante, covardia
De enfrentar o que dizem ser-lhe o fado:

Ralar muito em funções de vil salário:
Beber, jogar no bar feito um otário,
Culpar a todos pelos seus azares.

Mas, quando nos balcões das mãos servis,
Não se esquece do bêbado que diz:
“- Bebo em vão pra esquecer os meus pesares...”


Felipe Mendonça -

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