Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



terça-feira, 8 de junho de 2010





O lugar deve ser a última coisa
que possa nos afastar
sobre o lugar lutamos
sobre o lugar plantamos
sobre o lugar colhemos
e sob o lugar nos plantarão
nos plantarão no brilho dos olhos
lugares com muro nos impedirão de entrar
lugares imprevisíveis nos convidarão a entrar
se cada um escolhe a sua casa
é porque nela sabe quem vai morar
mas moradia no coração de um nômade
é o mundo incerto dos dias
que se constrói de lugar a lugar
jamais aqui, jamais ali,
sempre em outro lugar
no peito, o lar
sem onde partir
sem onde voltar.

Fabiano Soares da Silva

Um comentário:

Arnoldo Pimentel disse...

Sua poesia Fabiano pinta um retrato da alma ilustrada com névoa, onde para se conhecer, ver, temos que ir como se estivessemos tateando a própria névoa, sem sentir e sentir para entrar nesse seu mundo imaginário, que como nômade pinta um pedaço de você em cada poesia.