Manifesto do coletivo Pó de Poesia
O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.
Creia.
A poesia pode.
(Ivone Landim)
domingo, 18 de julho de 2010
Cata-lata
Cata-lata,
Tanta praga
Que se abate
Sobre ti:
Cata-lata,
Vira lata,
Deus de lata,
Tanta lata
Que enferruja
E te fere
Bem a mão.
Cata-lata
Que não fere
Não maltrata
Quem te fere,
Quem te mata.
Só suplica
E suporta
Catar lata,
Catadura
Do esmoler
Que te dá
Sujo cobre,
Suja gente
Que se pensa
Ser de prata,
Pura nata,
Quando é rata
Nos altares
Genuflexas:
Dura cata,
Dura lata,
Lá na Lapa,
Onde dormes
Contemplando
Catadupa
De astros mortos.
Cata-lata,
Esse Deus,
Essa gente
Que é de lata,
Tu não matas,
Mas se tal
Não fizeres
É porque
Já é lata
E não carne
Que te faz
Ser humano.
Salva, então,
O que em ti
Inda é carne,
Não de lata –
Consciência
Do que é lata,
Catar lata
E te mata,
Condição
Que enfim tu
Não mais queres
Aceitar,
A-catar! –
Catar lata...
Felipe Mendonça -
Todos os direitos reservados.
Um comentário:
Parabéns pela poesia Felipe.
Tem um selo de presente para o po-de-poesia no meu blog ventosnaprimavera, está logo abaixo da poesia Girassóis da amizade.
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