Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



sexta-feira, 22 de outubro de 2010

EU E O IPÊ (Silviah Carvalho e Arnoldo Pimentel)



Eu e o Ipê
Autores: Silviah Carvalho e Arnoldo Pimentel

Ouço palavras nos ventos
O canto das ondas no quebra mar
Vejo a lua procurando direção
Como uma câmera a fitar meu coração.

Em noites de chuva fina prefiro ficar na janela
Fugindo talvez, dos tristes olhos dela
Observo as vias, os carros parados
Imagino corações desesperados

Gotas cintilantes molham as vidraças
Como cristais de lagrimas a derreter
Vejo no outro lado da rua, o reflexo
Da minha tristeza, o solitário pé de Ipê

Suas flores roxas no chão mudam o cenário
Pintam um quadro imaginário
Minha vida, eu e quem sabe você
Abstrato – impossível crer...

Da minha janela vejo tudo que passa lá fora
Da fina chuva pessoas vão se esconder
Na praça balanços giram na força dos ventos
E você é constante nos meus pensamentos

Sinto-me preso a raros momentos
Vestígios em mim que ficou de você
Restos de saudades, frágeis lembranças
Que só diminuem minhas esperanças

Da minha janela sonho acordado com você
Desço as escadas da minha vida tentando te encontrar
Ao menos fim, uma triste realidade a vida sem te ter
Encosto-me, divido a saudade com meu solitário Ipê

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