Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



domingo, 27 de março de 2011

APOCALYPSE (TRILOGIA) (Arnoldo Pimentel)



Não quero passar
O resto do tempo
Sob a terra umedecida
Tendo a lápide
Os dizeres:
Não sei de onde vim
Não sei pra onde vou
Nada sou



Se você não preparar seu coração
Ficará como eu
Num deserto de sal
Deserto sem sol
Sem clamor
Banhado pela dor
Perdido
Habitado pelo medo
Medo de ser esquecido
Esperando o fim
No abismo sem fim


APOCALYPSE 3.3

A dor ainda queima meu corpo
Apesar do tempo
Apesar do arrependimento
Que mesmo cortando o horizonte
Ainda não chegou
Nem mesmo o sangue
Que derramei
Amansará minha dor
A navalha ainda está acesa
E minha garganta está próxima
Do furacão que a cortará
Assim as rochas que protegem
Meu coração, e são frágeis
Irão desmoronar no meio da brisa
Iluminadas pelo luar da doce ilusão
Que o tempo levou
Pelo tempo que acabou



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