Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



quarta-feira, 16 de março de 2011

Ins......................................piração

Tudo que transpira
Tudo que respira
Tudo que caminha corre
Ou rasteja
Tudo que se move quiçá imóvel
Tudo que expira
Me inspira
Objeto inanimado ou ser imaginário
Tudo que atinge
Acrescenta

Gênios

Mendigo filósofo
Poeta analfabeto
Cego clarividente

Visão Cinza

Lata rolando ladeira abaixo-assinado
Pró-asfalto contra paralelepípedos
Nevoeiro neblina cerração
Fumaça de ônibus
Fumaça de carro
Fumaça de fábrica
Fumaça de cigarro
Saindo dos olhos
Do yndio navajo
Pares de tênis e sapatos amarrados
Nos fios de alta-tensão dos postes disputados
Por pombas ratos voadores
E outros pássaros de verdade
Coça a nuca
Soca a cuca
Fecha a fuça
Sofá velho na calçada
E os olhos do gato preto
Rasgando as patas nos cacos de vidro
De garrafas verdes em cima do muro

Exorcizando Antigos Demônios

No show de rock
No templo evangélico
No estádio de futebol
No prédio da bolsa de valores
Na feira livre
Gritam
Berram
Esgoelam-se
Não é de admirar que se sintam
Livres
Leves
Soltos

Ninguém se entende porque todos têm razão

Eu sou um poema panfletário
virulento Maiakowhiskiano
rimbaudelaire pós-apocalíptico
tolstóievski de pés acorrentados em outros pés
acorrentados em outros pés acorrentados
em outros pés enfileirados indianamente ad infinitum
quebrando rochas e cabeças a picaretas
num gulag urbano eeeeeeeeeeeeeee
aaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhh foda-se é isso

Ps. Não repare a bagunça

Autor: Andri Carvão

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