Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



quarta-feira, 6 de abril de 2011

Clarice: a Lispector.

 

Trecho de um filme inexplicável, ousado, notável, porém de pouca explicação. Detalhes escorregadios, fragmentados, mas de grande intensidade e emoção. Assim sinto Clarice, a Lispector. Uma diva vestida de camaleoa, traçando fundo toda sua angústia, sua veracidade.

Irreverência nata, cuja mesma embasbacava e a alguns amedrontava. Ao responder perguntas em entrevistas, primeiro, o olhar verde banhado de breu, marcando fundo os olhos de quem a entrevistava. Pausa... E resposta. Fala intrépida, cortante, sem ponto final. Dona de si, regada de carência transparecida em seu ar de rainha e urgência.

A impressão que atormenta-me é que Clarice tinha uma fera feroz ferida dentro de sua vida, e de muitas vidas que a mesma criou. Sempre com resposta na ponta da língua. Pobre de mim tentar definir o inefável. É como nadar num mar estrangeiro de mais pura beleza, e o máximo que eu consegui dizer foram detalhes óbvios, sentimentos fortes, porém externos.

O que seria da literatura brasileira e do mundo sem Clarice? Menos ricos. Clarice compõe com grandeza junto com outros tesouros da terra Brasil. A pluralidade cultural e a liberdade de expressão através da escrita, sendo uma personalidade marcante no meio. Tenho certeza que seu filho ou sua filha de doze anos já ouviram falar de Clarice Lispector. Uma mulher que em forma de um vulcão em erupção entrou em cena... E quando se foi deixou o grito de sua voz ecoando como música que nunca fica careta.

Ao ler Clarice é preciso ter fôlego, pois é um suspirar atrás do outro. Dizem: "meu Deus, que mulher é essa..." Quantas marcas, quantas farpas, quantas palavras que muitas das vezes nos identificamos, aguçando nossas mentes, inquietando nossos sentidos mais reprimidos, aflorando em nós uma vontade louca de desatar nós, sendo tomados por um enigma que impregna. Ser for minha sina ler Clarice, quero seguir assim, sendo arrebatada por puro êxtase.





((( Camila Senna )))


http://minhaalmaepoesia.blogspot.com/

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Um comentário:

Ivone Landim disse...

Querida fiz um comentario na pagina do nosso blog as fulanas e quando coloquei p/ visualizar sumiu, o comentario foi sobre as cronicas . Somos formadores de opinião e é bom ter um espaço democratico p/ nos expressar mesmo que não seja a opnião do coletivo.Mas agora não consigo reproduzir na integra o que escrevi no nosso blog ,mas como esse tbm é ,aí está os parabens pela prosa .BEIJÃO.