Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



sábado, 30 de abril de 2011

O descrente

o. livro.
a. lista.
em. libido.
à. libra

é:
linha-pendente.
(frente.)

da.
caça-carta (e)dessa liberdade
ou.
peça-devoção
(é: área.)
expansão.
pacto de sonhos im.presentes
o conflito
a vénia
carta-gesto, sonho-vago
pó.
desuso
por.
causa-cela
a mente.. por abstenção
o.não.
a. falha..
da febre
que me serve,
à página-sentinela
qual marca d’água(dela) sob à mesa
(e, lá.sempre..)
presa.
da pressão inteira sob à ferida
(minha.)
sina.
parte da parte.
ou
acima da cura
ou
abate.
(e. incertezas.)
por uma linha-rapina de vida
quando em
prece..
ida.
quando ferve,
é..
caída.
- oh, seja..
tela em falha nos lábios por não-inserção
meu.nada-fim
o.meu: não.
em.
continuo acto-gasto
- oh, seja..
à letra.
em.traço
algo/algo
ou.tempo,
ou.gasto
ou.não.
frase da parte sem área-reclusa
lacre.
dos palcos traduzidos
aos
ensaios alheios que te precisei
aos poucos lados de mim
leve
tão leve assim
tropo-asa em declínio.
raso
o.
acto do crime
caso,
este.
fogo-e-facto sem prévias de lei
ou ar
a deixar..
soslaio e cego, tão perto: por alento..
vertido
crivo
qual à estaca pendente por um laço sede-e-preferido
ora, quente
ora,
sopro, solto.e, frio..
o.meu
tempo deixado aqui na terra
a.minha
luta perdida no teu posto-livro
lá,
d'onde em outras vestes,
à quimera sem um erro pouco-previsto,
(ou desejo/ou risco)
eu tolo, um caminho, te planejei.
e,
jaz.aqui..
a minha trilha, sendo lua
tua.
e parte..
da parte que me chama
às causas insanas de mente e anseio
é letra.
é esta.
lenda/vénia ou marca que me queima
ora,
apenas,
é
cena..
imagem-senda à nudez-puta por um grito antes de (me/te)desaparecer, e..

cá.
e
vivo,
me mantém, também.





à véspera desse sol,

desse sol..



e,
sim.



Poema de Azke.

Um comentário:

Janaina Cruz disse...

Um mar de ondas poéticas sem igaul, impossível ser descrente... Amei, sigo o blog!