Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



domingo, 2 de outubro de 2011

Cegueira

Com o que sonha um cego de nascença?
Ou não sonha ele, eivado de sentido?
Pode um esto gravoso que evola
ter sido por ele no sonho esculpido?

Podem um queixo, a maçã de um rosto,
serem no sonho tão bem desenhados?
Ou o cego não sabe, no sonho que tem,
incutir nas coisas os significados?

É a visão tão imprescindível?
É, de fato, preciso o olhar
pra que o mundo nos seja tão terrível?

Ou os olhos podem, sim, pintar
tudo o que nos for possível?
Preciso de olhos pra enxergar?


Soneto de Isaac Bugarim

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