Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



domingo, 6 de novembro de 2011

Homenagem a Carlos Drummond de Andrade no Novo Blog Comtexturas

A Carlos Drummond de Andrade

Nasceste de carne e osso.
E de tanto viver entre montanhas e respirar sobrados
adquiriste o ferro de tua cidade. Por muito tempo
não soubeste se teu corpo
tinha mais da matéria orgânica
ou da metálica.

A vida provinciana que ruminavas
em ruelas paradas e poeirentas
tua vida desafogada e escassa de boi resignado e inócuo
e até tua vida exposta cruamente nas livrarias
das pequenas e grandes cidades do país
habita hoje involuntariamente o dia a dia
de banhistas transeuntes taxistas
besuntada em bronze e azinhavre
perfumada de uma inalcançável maresia.

Os miúdos olhos boiando em complacência
mesmo quando alguém lhe rouba os preciosos óculos.
A cabeça francamente doada ao passeio das aves
e às primeiras gotas de chuva
do inverno de Copacabana.

Enfim o metal em ti prevaleceu.
Te veste essa nudez de ferro
que não se dissipa (de estanho e cobre
os teus pecados?). Mas mesmo imóvel e imortal
rígido e indissolúvel como um teorema
ainda pareces — ainda és — humano demais.

Poema de João Lima

Visite o meu blog, que acaba de ser reformulado!
www.comtexturas.blogspot.com

3 comentários:

Evas Marias e Clarices disse...

Tão bela homenagem, quanto humano Drummond.

Evas Marias e Clarices disse...

Tão bela homenagem, quanto humano Drummond.

Evas Marias e Clarices disse...

Tão bela homenagem, quanto humano Drummond.