Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



terça-feira, 15 de maio de 2012

[despojam-se algumas estrelas...



despojam-se algumas estrelas dos fátuos brilhos,
que celestes sejam as ténues cores,

que os olhares

se quebrem silenciosos pelas teclas de um piano com cauda.

Ficará um, ou ficarão outros pontos

envolvidos pelo breve nevoeiro nenhures,

pensar-se-à então na imensidão de todos,
e os que rastejam [como serpentes, que sejam],
içar-se-ão contemplando os ecos que restarão das pedras angulares

despidas de tijolos.

Ao longe um breve azul colora as copas
que cobrem a floresta,

azul mar, azul céu, apenas azul,
que interessa

se os sinos já não tocam
anunciando as meias horas. Despojam-se alguns homens e mulheres da pele que os sufoca nos areais ainda em rocha,

esquece-se o tempo,
os corpos, o teu e o meu,

deixaram o espaço,
[desamarraram-se, desamaram-se]

Poema de Ricardo Pocinho (Transversal)

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