Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



quarta-feira, 23 de maio de 2012

Marcio Rufino e a Dita




Dita

Quando eu nasci
A dita não era cuja
E sim dura.
Aos poucos ela foi fingindo que amolecia,
Mas algo embaixo ainda ardia.
Hoje a dureza da dita
Está escondida
Omitida
Embutida
Nas línguas
Nos sorrisos
Das titias da política
Nos bons-sensos dos patrões
Na proteção de alguns falsos guardiões.
Que a gente supere
A sopa amarga;
O dinossauro na pele de sapo
Que a gente tem que engolir.
Todo o poema engavetado
Pelo dedo decepado,
Mas ainda em riste
Levantado pela dureza triste
Da dita.

Marcio Rufino

Nenhum comentário: