Manifesto do coletivo Pó de Poesia
O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.
Creia.
A poesia pode.
(Ivone Landim)
quinta-feira, 3 de maio de 2012
saudade
I
desaguarei não como um rio
que jamais termina [...] nem pensamento,
como um mar, sim,
desaguarei como esse mar,
um desaguar repentino, violento,
[no teu colo],
e mesmo que não me sossegue
abrevia a distância em mim de nós.
Soltam-se as missangas que enfeitam os pulsos outrora cortados,
cicatrizes que a pele guarda,
ancoro-me num areal desconhecido.
II
saudade
não como o destino das viagens ou da pele que seca,
senta-te bem perto, lê-me o fado nas linhas da mão,
não ligues à linha da vida, fala-me do amanhã,
de algum ou outro sonho impossível, possível,
engana-me com o amar, jamais com o mar,
e no compasso dos pontos cardeais já apagados,
delimita as latitudes que as longitudes fiquem.
Horizontes sem as cataratas que imaginei,
sempre o saberei,
que os ventos despenteiam o mar em espuma esqueço-me,
o olhar fica-me sempre aprisionado
na dança das baleias
que ladeiam o barco que range.
Soltam-se as velas.
Poema de Ricardo Pocinho (Transversal)
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