Teoria do Capital Feliz. Um euro por sorriso. Um euro por aperto de mão. Todo o acto médico é gratuito e voluntário. Um euro por cada dia de puro ensino e aprendizagem. Toda a educação escolar é gratuita. Um euro por acto de bondade arredondado com generosidade. Todo o acto cívico é gratuito e voluntário. Um euro por cada político que deixa de o ser e passa a ter uma outra função na sociedade. Um euro por cada vez que se deixa de utilizar a palavra: política no contexto em que poderia ser utilizada. Um euro por poema. Um euro por anedota construtiva. Um euro por um livro emprestado. Um euro por canção ouvida. Todo o objecto transaccionado é gratuito e voluntário. Um euro por homeless tirado da rua. Um euro por cada pobre que passa a ter uma casa, roupa e comida. Um euro por cada pessoa que passa a ter uma actividade feliz e útil. Toda a habitação, comida, roupa e energia é gratuita e de origem voluntária. Um euro por abraço. Um euro por cada acto de encorajamento. Todo o imposto é voluntário e sem valor determinado. Todo o trabalho comunitário é voluntário e não remunerado. Um euro por cada metro quadrado sem lixo na rua em que vivemos. Um euro por cada árvore plantada. Um euro por cada solução original sugerida por cada homem ou mulher de idade avançada. Um euro por cada lágrima. Um euro por cada suspiro. Todo o acto relacionado com a morte e funeral é gratuito e não comercializável. Um euro por cada acção de trabalho. Todo o trabalho contratado é voluntário e recompensado por acção e não por período de tempo. Um euro por cada ideia nova e de reconhecido benefício mútuo. Toda a utopia realizável é voluntária e sem remuneração. Um euro por cada leitura desta teoria.
02 Fev.
Falhamos. As nossas democracias falharam. Produzimos mais pobres e mais multimilionários. A utopia igualitária está condenada a falhar. Os poucos diferentes não deixam diferença nenhuma para os muitos iguais. O capital tornou-se o grande papão inquisidor dos nossos dias, que já não são nossos, pois foram vendidos, trocados e emprestados a taxas de juro elevadas. Tudo falhou e falha sem parar. Falhamos todos por ainda esperar que este sistema venha a funcionar. Olhamos ao espelho e já não nos vemos. E não sabemos mais o que fazer. Voltamos a Deus e nunca tivemos nada mais. Somos os mesmos mas sofrendo muito mais. Uma das consequências da consciência. Voltamos mas diferentes. Melhores?
Chegou a hora de dar. De perdoar para não falir. Para salvar. Trocar e dar em vez de vender ou comprar. E rir com prazer e gente, muita gente. Esta realidade assim destrói-nos.
Por isso inventei este capital feliz. Foi um momento e a ideia agradou-me. Fez-me feliz por um escasso momento.
19 Jun.
Autor: Carlos Teixeira Luís
Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=224957#ixzz1yKsphaQD
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives
02 Fev.
Falhamos. As nossas democracias falharam. Produzimos mais pobres e mais multimilionários. A utopia igualitária está condenada a falhar. Os poucos diferentes não deixam diferença nenhuma para os muitos iguais. O capital tornou-se o grande papão inquisidor dos nossos dias, que já não são nossos, pois foram vendidos, trocados e emprestados a taxas de juro elevadas. Tudo falhou e falha sem parar. Falhamos todos por ainda esperar que este sistema venha a funcionar. Olhamos ao espelho e já não nos vemos. E não sabemos mais o que fazer. Voltamos a Deus e nunca tivemos nada mais. Somos os mesmos mas sofrendo muito mais. Uma das consequências da consciência. Voltamos mas diferentes. Melhores?
Chegou a hora de dar. De perdoar para não falir. Para salvar. Trocar e dar em vez de vender ou comprar. E rir com prazer e gente, muita gente. Esta realidade assim destrói-nos.
Por isso inventei este capital feliz. Foi um momento e a ideia agradou-me. Fez-me feliz por um escasso momento.
19 Jun.
Autor: Carlos Teixeira Luís
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