Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



quinta-feira, 28 de junho de 2012

carochas, bicicletas & biplanos - 20

Mofo. Quero o poema sóbrio, com um sorriso de tequila. Desperto como um dia que nasce, com o rio ao fundo. Sempre que decido não gastar dinheiro em comida quando posso gastar com poemas e enxovalhos de velhas carpideiras e falaciosas, que me deitam olhares de coruja e entardecer, quero assim o poema, solto e mexicano. Como uma balada ébria de Dylan o que canta, não o que bebia e que morreu faz umas décadas. Esse era poeta de excepcionalidade. Quero o poema estendido e divagante, como uma melodia eterna, que não acaba porque não queremos. Como os dias que acabarão quando eles bem quiserem. No fundo quero que o poema contenha tudo, eu e tu e o que mais entre nós. Seja o mundo pequeno ou de avalanche, seja o todo uma mistura de todos ou apenas a mesma feira de questões de fundo. Querer esse espantoso começo como se deus se desenhasse a cada sonho. Cidades imaginárias, édens de dante em tons de azul e preguiça. Mas o poema são torres cinzentas de subúrbio, gotejam humidade nos cantos. Velhos deitados sussurram, uns aos outros, ouvem-se pelos canos, contam estórias antigas pois todas as histórias são de ontem e morrem gritando indignidades. O poema sofre assim mas respira tudo isso como se fosse um aspirador metafísico.

Jun. 12

Autor: Carlos Teixeira Luís

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