Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



domingo, 1 de julho de 2012

[... e quando me morro contorce-se o cansaço


e quando me morro contorce-se o cansaço
Que se encabrita pela pele já gasta.
E morro-me tantas vezes como as ondas do mar.

E morro-me tantas vezes longe da terra
Que sangra desnudada dos queixumes
Deixados pelo grito meu, esquecido no meio das searas.

Fulgem repentinas tempestades que se acalmam,
Quando ressurge o fugidiço poente pela proa,
Regressam os recantos que ainda sobrevivem.
Agonizantes.

Morro-me assim, tantas são as vezes,
Quão longe estou das orquídeas tuas.

Quanto mais perto do mar estou, mais longe de ti sou,
Assim me morro. Pudesse eu morrer-me de vez.

O coração?

Adiei-o.
Poema de Ricardo Pocinho (Transversal)

Um comentário:

Lápis Sem Ponta disse...

Esse poeta é fantástico!!!
(Abraços)
Lápis