Manifesto do coletivo Pó de Poesia
O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.
Creia.
A poesia pode.
(Ivone Landim)
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
vão chamando coisas
já me chamaram pretensioso, poeta, gentil, nervoso, bêbedo, vaidoso, egotista, frustrado, escritor, senhor, puto, imitador, actor, reles, rude, naif, feio, débil, inveterado, nulo, triste, sorumbático, sujo, negligente, pedante, egoísta, parvo, pateta, invisível, maquiavélico ou manipulador, lisboeta, filho da puta, nada, deus, anjo, pelintra, do povo, padre, pregador, miúdo, velho, monge, corajoso, elitista, luso, de esquerda, de direita, fascista, agitador, sublime, dono, maravilhoso, bondoso, mau, diabo, vizinho, solto, fadista, ensimesmado, fanático, tarado, humilde, simples, puro, burro, ingénuo, escrevinhador, falso, coisa, grato, sui generis, censurável, podre, sem jeito, ruinoso, dúbio, estúpido, vagabundo, grande, melancólico, génio, subtil, tudo, cristo, prima-dona, maricas, degenerado, nulo, merda, simplório, areia, caca, gato, mulher, periquito, homem, mar, terra, estrada, sol, sexo, pénis, ambíguo, inútil, suicida, negro, árabe, cobarde, caldo Knorr, ídolo, jovem, e muito muito mais
tudo em cerca de 4 anos
que seria se fizesse poemas – que me chamariam mais
apresentei-me como sou – tratam-me como personagem, que seria se me apresentasse como personagem? acreditariam em tudo como real e literal? se o contrário é que vale então adoptemos o absurdo - o famoso teatro do absurdo de Beckett que acaba por ser a mais realista e exacta descrição da realidade
não se esqueçam - ao porem (pormos) a pele de poeta-lobo nos vossos lombos de ovelhinhas – sujeitam-se ás consequências inevitáveis da vida real – não a virtual – um dia cai a pele mal colada às costas e surge o pelo brilhante e branco dum animal que ensinamos às crianças que faz mée-mée e uma ovelha nunca será um lobo com pele ou sem pele mais não pode fazer do que em contacto com a sua frustrada inevitabilidade de balir de desgosto
portanto, sempre apareci aqui sem máscara e escusam de puxar pela pele da minha cara que isso dói e não sai – por baixo é só sangue nervos e esqueleto
e se isso não basta – nada mais tenha a dizer
mas fico feliz por ao tentar escrever poesia – vivi tudo isto
e por isso – obrigado
out. 12
Autor: Carlos Teixeira Luís
Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=232516#ixzz28KNXYLlv
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives
Nenhum comentário:
Postar um comentário