Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



sábado, 23 de fevereiro de 2013

NO TEMPO EM QUE EU NÃO PODIA IR À WOODSTOCK, PROTESTAR CONTRA A GUERRA DO VIETNÃ, GRITAR UM VIVA À CHE GUEVARA, DIZER NÃO À DITADURA, SER LIVRE E BEBER MINHA CERVEJA ATÉ CAIR.


Este poema é dedicado ao meu amigo e companheiro do Gambiarra Profana
Sérgio Salles-Oigers  e seu espírito livre.
“Censurar ninguém se atreverá, meu canto já nasceu livre” Sérgio Salles Oigers


No meu país
Eu tenho hora para acordar
E hora para dormir
Serei preso se não obedecer

A inquisição está atrás do vidro
E nos julga como Josef K foi julgado
Levanta muros entre amigos
Silenciando vidas
Censurando vozes
E expressões artísticas

No meu país eu não posso
Fazer minhas próprias escolhas
E caminhar livre por ai

No meu país eu tenho hora
De acordar e hora de dormir
E serei preso se não obedecer

Na biblioteca não tem os livros
Que eu quero ler
Na loja de discos não tem os discos
Que eu quero ter

No cinema é proibido passar filmes
Como “Fahrenheit 451”, “Easy Rider” ou “Z”,

Na poesia apagam as luzes
Desligam os microfones
E alguns chamam de lixo
A poesia que eu e alguns amigos
Gostamos de escrever

Arnoldo Pimentel

Um comentário:

Sergio-SalleS-oigerS disse...

E o pior que os nossos lixos (poesias) não são recicláveis pois possuem alta radioatividade.

Obrigado pela homenagem Arnoldo Pimentel. Já tinha o lido no blog da Gambiarra Profana. Mas o li como se fosse pela primeira vez aqui no blog oficial do Grupo Coletivo Pó de Poesia.