Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Extermínio

Meu corpo se depreende
Do igarapé que há em mim
Entre as cenas na tela
Da saudosa tribo dos "cherokees"
É a tinta da terra que se
acorda para guerra

Com a máscara do tempo
assisto num sobressalto
movimento brusco que
envermelha a pele/ Infortúnio
de um planeta suspenso
Os dentes agarram a faca
É o extermínio atravessado
na boca
O cavalo é mensageiro
Galopa e anuncia o derradeiro
golpe
Os ancestrais jazem no Campo
Santo
A tribo que se vai é a minha
E as estrelas enfeitam e findam
Uma geração de almas
Há penas por toda parte
Sangues e penas e gramas e
memórias nas mãos que
seguram os filhos da terra
O último suspiro na mira
É o orgulho da raça
Rastro do vermelho dos
"Cherokees" que apagam seus
rostos da Grande Mãe
A tela atrai os raios de justiça
Desistindo do brilho que há
no fim dos Povos Indígenas

Um comentário:

Marcio Rufino disse...

Ese poema já foi postado anteriormente. Bjs!!!