Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



sexta-feira, 13 de julho de 2012

mnemosine

mas na verdade eu queria mesmo era falar contigo. dizer apenas um olá. um bom dia. um como está passando? e os sorrisos? encantados como sempre – e então quando tomamos um cafezinho naquele botequim feito de palavras? estou ansioso para te mostrar dois verbos novos que encontrei a fazer uns arrumos à vida que já passou - irias gostar de os conhecer - estavam amarrados a dois adjetivos que nunca adjetivaram coisa nenhuma – confesso. eram tão maus que nunca os levei à rua. acabaram por ficar esquecidos - o tempo passou e agora tudo é diferente. estou mais velho. e o cheiro das palavras já não é igual - no passado estava mais à procura de coisas novas e agora quero achar tudo que é velho dentro de mim e não encontro - não guardei nada da vida. os beijos foram esquecidos. os abraços perdidos. as pessoas foram morrendo dentro de mim. e a saliva presa ao céu da boca rodando de um lado para o outro e eu sem encontrar um lugar digno para poder cuspir esta azia que me vem de dento de uma moela seca - e o verbo era é agora o começo de uma história - era uma vez um abril - era uma vez um dia com uma nuvem tão louca que sugou toda a água do mundo. e todos os peixes se fizeram pássaros. e todas as flores se fizeram sonhos. e tudo que era mundo era afinal um pontinho num espaço que nenhum mês do ano sabia que existia - era uma vez eu e mais tu e mais os teus amigos e os meus amigos e os teus vizinhos e os meus e o teu mundo e o meu mundo e tudo é mundo e nós somos mundo e em cada pedaço de mundo. um mundo mais completo - nunca esquecerei mais nenhum segundo do mundo - escrevo cada sorriso. escrevo cada momento. escrevo mundo



* comentário a um texto da vânia lopez que. carinhosamente. faz o favor de ser minha amiga preenchendo os silêncios da escrita com palavras de incentivo ao meu louco amadorismo de tentar escrever
Autor: Sampaio Rego

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