Era preciso tecer a teia
de ardis e malícias
Era preciso de mais que dois olhos
para antever os vieses da vida
para dissipar os véus da dúvida
Era preciso urdiduras e tramas
desfeitas em manhãs claras
descosturando o véu da ignorância
Era preciso engolir o espanto
a revelar segredos inconfessos
Era preciso coragem e fé
para sair do luto e da profundidade das coisas
Era preciso aventurar-se no desconhecido
descortinando novos e refrescantes sentires
Mas essa coisa morna que em mim habita
que me aprisiona numa gruta escura
Essa coisa que comigo mesma se confunde
Essa coisa que me invade e me tira o ar
...
Ah, essa coisa que me divide e me parte em duas!...
Ianê Mello
2 comentários:
Seja bem vinda ao nosso Pó de Poesia minha querida Ianê. Vamos agitar este blog com muita poesia e comentários. Será um prazer dividir ele com amigas queridas com vc. Bjs!!!
Eu é que agradeço pela oportunidade de participar de tão maravilhoso grupo, com amigos-poetas tão queridos. Bjs, querido amigo.
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