Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Naufragado














Entre a imagem do Almirante
E a copada amendoeira,
Eu me quedo, aqui me deixo,
Brevemente, uma efeméride
Absorta em pensamentos,
Mergulhada nos marulhos
De enseada luminosa,
Ao ouvir voz da estação
Incansável que anuncia
Os horários fugidios
Da chegada e da partida.
Mas, mirando o velho cais
Hoje seco e sem fragata,
Sem baía ou enseada,
Me pergunto ante Almirante
E essa antiga amendoeira
A respeito do Pharoux,
Se não foi onde aportei
Velhas naus desatinadas
Para sempre soçobradas,
Após tanto me afogar
Com varinas e marujos
Em vielas mareadas
E num mar de tantos ais
Que secou deixando apenas
A marítima lembrança
De partidas sem chegadas.

Felipe Mendonça -
Todos os direitos reservados.

4 comentários:

Jorge Medeiros disse...

Adoro a palavra fugidio! Quero viajar nesse navio, com marujo, almirante e tudo o mais! Adorei sua poesia! Fantástica Parabéns!

Marcio Rufino disse...

Muito bacana Felipe. belíssimo. Abrçs!!!

Carla Reichert disse...

Naveguei neste poema, bela poesia.

abraços.

Roseli disse...

Saudades, viajei no teu poema, a espera do que já passou, não volta, só lembranças. Lindo poema parabéns. Abraços.