Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



terça-feira, 5 de outubro de 2010

Tenho que ir...


CAMILA SENNA

Tenho que ir...
Seguir meu destino.
Dá de cara com a minha vida...
Me confrontar com minhas dúvidas.

Caminho pelas ruas de volta para casa...
Passo pela praça, e não vejo nada!
Nem pó de poeira...
Nem criança sorrindo...
Nem folha seca, soprada pelo vento... Nada!

Ao lado, o trem passa...
O pássaro, sem graça, se esconde.
As árvores secas com a imagem vazia!
Mostram minha realidade, que nostalgia.

É tempo de unir meus retalhos espalhados no chão.
Espalhados no colchão...
Espalhados nas neblinas...
Espalhados no verão...
Espalhados nas ruas do meu coração, que está alagado!
Com meus sentimentos boiando na contramão,
Pedindo esmolas nas esquinas, e recebendo não!

É tempo de me fazer rir,
Não posso ficar na mesma de sempre...
Querendo o mesmo de sempre!
Se para sempre, um dia acaba!
Pois nem tudo que acreditamos para sempre ser, é eterno!

Quero travessia,
Atravessar a ponte dos desesperados,
Quem passa por essa ponte vê a morte, mas não morre!
Encontra-se com sua vida, com suas feridas...
Todas elas cicatrizadas.

Mente, metade sadia, e a outra metade insana...
Corpo, metade bendito, metade louco varrido...
Saúde, sem cólera, mas não totalmente imune,
Quero ser curada vez em quando...
Pelo veneno bom do “amor”.

Depois da torturante travessia, estar preparada!
Preparada sim!
Para as ventanias e as ressacas do mar da vida.
Não posso viver a pegar aquela flor.
A flor que um dia viva e linda, guardei...
Ela secou no meu diário...
Consigo, guardou...
Todos os segredos que um dia escutou...
Eles foram revelados ao Sol, à Lua e as Estrelas.


((( Camila Senna )))

5 comentários:

Arnoldo Pimentel disse...

Que lindo poema, um emaranhado de sentimentos, cotidiano e travessias.Tudo de bom amiga e sua família, beijos.

Naty disse...

Todos os sentimentos cansam e "desistem", menos o amor. Sentimento algum é tão teimoso! Até quando passa, não acaba. Posto de lado, jamais se conforma. Mesmo se afogando na impossibilidade, não morre.
Bjs com carinho

Camila Senna disse...

Arnoldo, Obrigada! De fato, um emaranhado de sentimentos, assim como nossas vidas!!!

Naty ou Carlos?
Assino contigo, penso que é por aí... rs

beijosss;
Shalom.

Roseli disse...

Camila,poema nostálgico,nos leva ao passado, com sentimentos incertos,loucos, cheios de desejos,amar é bom, insistir nele vale a pena. Gostei do poema, tem sentimento, parabéns.

Camila Senna disse...

Vidaslife, faço das palavras da Naty e Carlos, as minhas: todos os sentimentos cansam e "desistem", menos o amor. Sentimento algum é tão teimoso! Até quando passa, não acaba. Posto de lado, jamais se conforma. Mesmo se afogando na impossibilidade, não morre.

Obrigada por seu comentário viu?

Beijos
Shalom...