Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



sábado, 26 de fevereiro de 2011

Frederico



Chamava-se Tristeza e Frederico.
Jamais disse palavra que ferisse.
Ladrão de lua, sonâmbulo pateta,
morreu de hepatite e ser poeta.

Andava sempre como quem inventasse coisas:
uma pera de vento, um filho de madeira,
uma aurora mecânica, um deus, um gato
dançarino, o fogo eterno.

Um dia se perdeu.
Procurou olhos, mãos, braços.
Encontrou apenas sulfas,
um pouco de sonho numa garrafa.

Coração sumiu no ar.
Frederico fez força pra ficar no poema.
Pra que, Frederico?

Pedro Ernesto de Araujo
(Do livro Frederico e outros poemas).

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