Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



sábado, 26 de fevereiro de 2011

Mil sóis




Nessa noite
Meus desejos
serão iscas
atiradas ao mar
dos tubarões.

Nessa noite
meus desejos
serão nacos
de carne quente
lançados aos lobos.

Ainda nessa noite
meus desejos
serão grãos de areia
soprados nos olhos
dos camelos em caravanas.

Mas ao final
dessa mesma noite,
meus desejos
já traduzidos em canção,
seguirão velozes
num luzir de estrelas,
antes que um clarão
de mil sóis, venha
estilhaçar a cena.

Brasil Barreto
(Do livro Farpas & Fagulhas)

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